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MODELAGEM DE ECONOMIA

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SOBRE

Este blog é fruto do curso de Modelagem de Sistemas Dinâmicos, ministrado pelo professore Antonio Carlos Zambroni de Souza na Universidade Federal de Itajubá. Este foi produzido e é alimentado por alunos da Universidade Federal de Itajubá e tem com objetivo divulgar notícias e artigos sobre economia, com um objetivo final de produzir um artigo com o tema de Modelagem de Economia.

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PARTICIPANTES

GABRIEL PEREIRA DE SOUZA

JOÃO PEDRO BARBOSA

LUCAS FUJI RATAGAMI

RÓGER NOGUEIRA CARDOSO RIBEIRO

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Mudança do projeto: Modelagem da Taxa de Desemprego no Brasil

Depois de muita discussão sobre a viabilidade de realizar a modelagem da pobreza através de variáveis econômicas, o grupo decidiu mudar o foco da modelagem, com o intuito de não sair do contexto proposto inicialmente, que era a modelagem da economia. Então foi decidido que o projeto seria sobre a Modelagem da Taxa de Desemprego no Brasil.


O desemprego em um país é o reflexo da situação econômica em que este de situa, sendo um fator muito preocupante, se elevado, tanto para os empresários quanto para os trabalhadores em geral. Como estamos em uma época de instabilidade política e econômica, é muito importante o estudo dos fatores que influenciam diretamente a população brasileira, e o desemprego é algo que importantíssimo, pois sem emprego não há remuneração, seguido de diminuição do consumo, que, por sua vez, afeta negativamente a economia do país. Por esses motivos escolhemos a Taxa de Desemprego como foco da modelagem.


Para modelar a taxa de desemprego no Brasil foram escolhidos fatores que influenciam o mesmo, depois de discussões e algumas análises feitas com bases em dados estatísticos e notícias. Os fatores estão listados abaixo junto à descrição e a relação que os mesmos possuem com a taxa de desemprego no Brasil.


-Índice de Gini

O Índice de Gini, criado pelo matemático italiano Conrado Gini, é um instrumento para medir o grau de concentração de renda em determinado grupo. Ele aponta a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos. Numericamente, varia de zero a um (alguns apresentam de zero a cem). O valor zero representa a situação de igualdade, ou seja, todos têm a mesma renda. O valor um (ou cem) está no extremo oposto, isto é, uma só pessoa detém toda a riqueza.

Na prática, o Índice de Gini costuma comparar os 20% mais pobres com os 20% mais ricos. E essa relação para análise do grau de concentração de renda está diretamente ligada com a taxa de desemprego, teoricamente os mais pobres estão mais sujeitos a não possuírem um emprego e os mais ricos tem a maior concentração dessa renda.

-PIB

O produto interno bruto (PIB) representa a soma (em valores monetários) de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região (quer sejam países, estados ou cidades), durante um período determinado (mês, trimestre, ano e etc). O PIB é um dos indicadores mais utilizados na macroeconomia com o objetivo de quantificar a atividade econômica de uma região.

A Lei de Okun é uma teoria que propõe uma relação inversa entre desemprego e produto interno bruto. A teoria foi desenvolvida pelo economista Arthur Okun, em 1962, quando este trabalhava no Comitê de Conselheiros Econômicos do presidente americano John Kennedy. Ela mostra que o hiato do produto é proporcional à diferença entre a taxa de desemprego e a taxa natural de desemprego.

A pesquisa na qual se concentrou era quanto deveria crescer a economia para que a taxa de desemprego caísse em um ponto percentual. Descreve uma relação linear entre as mudanças na taxa de desemprego e o crescimento do produto nacional bruto: por cada ponto percentual de diminuição do desemprego, o PIB real cresce em três por cento. A lei está baseada em dados da década de 1950 e é válida somente para taxas de desemprego entre o 3 e 7,5%.

Okun acreditava que as transferências de riqueza através da política fiscal, dos relativamente ricos aos relativamente pobres, constituem-se em políticas apropriadas para qualquer governo, mas também reconhecia a perda de eficácia inerente no processo da redistribuição. Para explicar o trade-off entre igualdade e eficácia, introduziu a metáfora sobre o cubo esburacado: "O dinheiro deve ser levado dos ricos aos pobres num cubo esburacado. Algo simplesmente desaparecerá pelo caminho, de forma que os pobres não receberão todo o dinheiro que se toma dos ricos". Okun atribuiu as perdas aos custos administrativos de impor e transferir os impostos e aos efeitos sobre os incentivos.


-IDH

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma medida resumida do progresso a longo prazo em três dimensões básicas do desenvolvimento humano: renda, educação e saúde. O objetivo da criação do IDH foi o de oferecer um contraponto a outro indicador muito utilizado, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita, que considera apenas a dimensão econômica do desenvolvimento.

Criado por Mahbub ul Haq com a colaboração do economista indiano Amartya Sen, ganhador do Prêmio Nobel de Economia de 1998, o IDH pretende ser uma medida geral e sintética que, apesar de ampliar a perspectiva sobre o desenvolvimento humano, não abrange nem esgota todos os aspectos de desenvolvimento.

Relacionando o IDH com o desemprego, é notável que quanto mais houver desempregados no país, consequentemente as pessoas com menos dinheiro para fazer a economia girar, ou seja, o PIB vai ser menor e por fim o IDH terá um valor menor ou não sofrerá alteração (de acordo com a situação do país).


-Geração de Emprego

A geração de trabalho e renda (GTR) compreende a criação de novas e pequenas unidades produtivas ou a expansão das já existentes. Significa estimular ou permitir que as pessoas iniciem negócios próprios dirigidos ao mercado de forma cooperada, associada ou individualmente. Significa também a geração de atividade econômica, por meio de pequenos negócios individuais ou em associação/cooperação.

Teoricamente, quanto maior for a geração de emprego no país menor seria a taxa de desemprego, porém deve-se levar em consideração o tipo de trabalho e quais conhecimentos e habilidades serão necessárias para que ele seja bem realizado. Caso as pessoas não possuam o preparo necessário para realizá-lo, acaba que não se observa uma diminuição desse desemprego.


-Escolaridade

Escolaridade é um termo utilizado para se referir ao tempo de permanência dos alunos no período escolar. É o período onde os alunos desenvolvem suas habilidades de aprendizado, além de desenvolver a capacidade de compreensão do ensino.

A escolaridade também está relacionada com a progressão do ensino na escola. Ela é composta por sistemas formais e obrigatórios de educação. Estes sistemas da escolaridade são constituídos de vários níveis escolares que são sucessivos e aplicados mediante a observação do crescimento e evolução cognitiva do aluno. Estes níveis escolares têm nomes variados, conforme o país onde são instituídos.

Estes níveis escolares também podem ser chamados de grau de escolaridade. Eles correspondem ao grau de instrução que um indivíduo possui, mediante os níveis de escolaridade que foram iniciadas ou concluídas por ele.

Alguns dados obtidos em pesquisas realizadas no país, mostram que os trabalhadores que possuem um nível de escolaridade menor têm mais dificuldade em encontrar um emprego, em contrapartida pessoas que possuem ensino médio e superior completo, por exemplo, acabam tendo mais oportunidades. Portanto, o desemprego se concentra na faixa de trabalhadores com baixa escolaridade.


-Mortalidade

A taxa de mortalidade ou coeficiente de mortalidade é um índice demográfico que reflete o número de mortes registradas, em média por mil habitantes, em uma determinada região em um período de tempo. A taxa é expressa comumente em unidades de morte por 1000 pessoas ao ano. Assim, uma taxa de mortalidade de 5,5 numa população de 100 000 pessoas significa 550 mortes por ano em toda aquela área estudada.

É distinta, portanto, da taxa de doenças, que relaciona a taxa de pessoas em condições precárias de saúde durante um determinado período (a chamada taxa de prevalência) ou o número de pessoas que têm a doença no momento (a taxa de incidência).

O crescimento do desemprego associado à redução de investimentos públicos em saúde e em programas sociais fez aumentar a taxa de mortalidade entre adultos no Brasil, no período de 2012 a 2017. A constatação é de um estudo realizado pela Fiocruz, Universidade de Londres e Fundação Getúlio Vargas, que avaliou os efeitos da recessão no número de mortes e verificou se os programas de proteção social impactaram de alguma forma.

Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) sobre austeridade e saúde diagnosticou, a partir da análise de diferentes estudos, que as crises econômicas e o consequente aumento do desemprego aumentam o risco de suicídio e de mortes decorrentes do abuso de álcool.


-Natalidade

Taxa de natalidade é a percentagem de nascimentos ocorridos em uma população, em determinado período de tempo. Essa taxa de uma população reúne informações que permitem estabelecer um panorama nacional da quantidade de nascimentos que foram registrados durante certo tempo.

É um índice obtido entre duas variáveis: a população de determinado período e a quantidade de nascimentos registrados no mesmo período. Ao se fazer a divisão da quantidade de nascimentos pela população do período, obtém-se a taxa de natalidade.

Antigamente, as famílias, comumente, rurais tinham muitos filhos para exercer atividades nas propriedades e dessa forma economizava-se com salário de um trabalhador. Entretanto, atualmente esse quadro mudou, as famílias têm tido menos filhos, pelo simples fato de que dar uma qualidade de vida a eles tornou-se algo relativamente caro.

Com uma certa redução da quantidade de pessoas nascendo, teoricamente a taxa de desemprego seria menor, pois tem-se menos pessoas no mundo. No Brasil, a quantidade de nascimentos por mulher tem um valor de certa forma próximo a de outros países, como Estados Unidos e China. Entretanto o que se observa no cenário do país é uma alteração muito baixa no desemprego, seja quando se aumenta a taxa e quando diminui.

Porém, novamente entra-se em discussão sobre as pessoas que estão concorrendo a vaga de um determinado emprego e a sua capacitação para realizá-lo com sucesso.


Para poder visualizar melhor o problema e entender como os fatores influenciam na taxa de desemprego, foi feito um diagrama, que segue abaixo:



Os dados de cada fator escolhido serão reunidos e equacionados, utilizando o programa Excel, e em seguida utilizaremos o programa MATLAB para modelar o sistema criado. Vale ressaltar que o intuito deste trabalho é prever a taxa de desemprego no Brasil de acordo com a variação dos fatores escolhidos, que influenciam na sua variação, mostrando que os mesmos influenciam diretamente no cotidiano do trabalhador brasileiro.


No próximo post apresentaremos os dados coletados de cada fator escolhido, seguidos de gráficos e equacionamento de cada fator

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